4 de setembro de 2008

Este universo um dia será valorizado

Nós podemos observar de maneira intelectual ou superficial a cultura. Também existem aqueles que participam diretamente do universo da cultura. O que não se pode é ter um olhar banal das belezas que constituem a cultura mundial e principalmente brasileira.
Aprendi a gostar do mundo da música e da arte quando passei a respeitar e me interessar pelas diferentes gerações de artistas de diversos estilos. Saber escutar Tom Jobim e se encantar. Escutar aquele sertanejo de raiz e entender a emoção da minha mãe ao escuta-las. Emoção porque aquelas músicas remetem ao contexto de uma época em que eu não estava presente portanto poderei somente compreender e não criticar.
A arte impõe presença nas nossas vidas. Pessoa alguma, por exemplo, consegue viver hoje sem gostar de música ou ter ela presente em seu cotidiano. A partir disso temos que ter um olhar mais critico a certos trabalhos que a mídia disponibiliza para nossas preciosas horas de lazer. Como futura profissional da mídia, preocupo-me com o modo que a televisão, por exemplo, influi na absorção dessa cultura.
A triste realidade brasileira é que não temos uma mídia que se preocupa em passar somente o que é realmente bom e sim o que traz visibilidade. Artistas independentes e talentosos não conseguem se manifestar no mundo da "grande mídia" que atinge as massas. Não há espaço para eles. Acontece que público se acomoda com esta situação. Afinal a maioria por falta de oportunidade não fazem nem idéia do que é a real cultura construtiva.
Então...De quem é a culpa da nossa "cultura do atraso"? da mídia?
O fato é que todos nós temos uma parcela de culpa. Se cada um soubesse selecionar o que é bom e reproduzi-lo, o acesso aos ótimos trabalhos existentes pelo mundo ficaria facilitado. Faremos a diferença não só divulgando a boa arte, mas aprendendo e influenciando a sua aceitação.

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